terça-feira, 23 de agosto de 2011

Médica cerca sua casa de seringas com vírus HIV para afastar ladrões



Em declarações, disse que trabalha em um hospital público de Paranoá, e que foi onde conseguiu as mostras do vírus que afirma ter colocado nas seringas

AGÊNCIA EFE



Uma médica que disse estar "farta" de ter sua casa assaltada adotou uma polêmica medida de segurança e colocou em uma cerca que circunda sua residência em Brasília com dezenas de seringas que, segundo ela, contêm água e sangue infectado com o vírus HIV.

"Muro com sangue. HIV Positivo. Não ultrapasse", consta em um aviso que a mulher colocou na grade, segundo imagens divulgadas neste domingo pelo canal de televisão "Globo", a quem declarou que decidiu agir assim porque se sente "desprotegida".

Em declarações, disse que trabalha em um hospital público de Paranoá, e que foi onde conseguiu as mostras do vírus que afirma ter colocado nas seringas.

"A primeira vez foi o cortador de grama, seguido de um secador de cabelo e uma câmara fotográfica e depois um televisor", relatou sobre os objetos que foram roubados.

Vizinhos da médica reagiram indignados e revelaram que denunciaram o caso à Polícia, que por sua vez respondeu que não pode fazer nada, pois se trata de uma propriedade privada e não há "nada" que configure um crime.

A Associação dos Moradores, no entanto, baseada em normas municipais, pediu a médica para retirar as seringas e lhe deu um prazo de cinco dias para fazer isso, sob ameaça de multa.

O primeiro-secretário do Conselho Regional de Medicina, Farid Buitrago, disse que essa entidade não foi notificada sobre o assunto, mas criticou a médica.

"Toda providência que uma pessoa ou um médico adotar para tentar ferir ou agredir uma pessoa deve ser condenada", declarou Buitrago, quem, além disso, considerou que as autoridades devem investigar como a mulher se apropriou das mostras do vírus.

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